É tão simples quanto isto:
É um abrigo para me esconder,
É andar no mundo sem ser visto.
Longe do radar
Fora do registo,
Nesse gesto de criar
Perco-me, não existo.
Ao cheirar essa poção
Que borbulha sobre o lume,
Incha-me o coração
Inebrio-me com o perfume,
E o transe que me guia
Pelo espaço interior
Mostra-me aquela magia
Que faz ouro disfarçar-se de dor.
Neste mundo encantado,
Nesta bela miragem
Sou um mero convidado
Que descansa da viagem.
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