Monday 31 October 2016

Para quê seres homem

Não há barulho suficiente
Que possa acordar
Uma mente inconsciente
Que só queira sonhar.

Não me chega ser dormente,
Não quero mais cá ficar
Nesta névoa indiferente,
Em neblina a divagar.

Dizes-te humano, evoluído,
Não és mais que animal,
Nesse trono pretendido
Está a tua queda abismal.

A vida é feita de mudança,
Em cima de uma constante
Chama que não se cansa,
E ao vento arde deleitante.

Os sentidos consomem
Os elementos como sendo seus;
Para quê seres homem,
Pára e sê deus.

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