É tanta a censura
Que contamina a minha mente,
Que qualquer ideia pura
É estigma de loucura
Ameaça eminente.
Na torre do medo
Donde reina impiedosa,
Tece esse negro enredo
E lança de seu penedo,
A dúvida venenosa.
E como as águas de um rio
Que por entre as mãos passam,
O momento fluiu,
O agora desistiu,
E os ventos da mudança pouco ameaçam.
E o novelo do tempo desenlaça,
E a pele fica ressequida,
E por mais anos que eu beba da taça,
Sem conseguir despir a mental farsa,
De que terá servido esta vida?
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