Hoje doi-me o peito.
Algo força a saída,
Por nada ter feito
Com a luz reprimida
Castigo o qual aceito
Por guardar a voz escondida,
Fiz a cama em que me deito
Com a puta da minha vida.
E os meus olhos congelados
Pelo frio da companhia
São como rios barrados,
Gado à espera de serventia.
A lua brilha, quebrada
Por entre o gás negro que passa,
E o seu feixe é facada
Que ao meu corpo trespassa.
E só com sangue que jorra
Do golpe iluminado,
Escreveria eu a porra
Deste poema enfeitiçado.
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